quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Confissões


Não, não me cobre demais, as cobranças que faço a mim mesma já são grandemente suficientes e as suas me cobram além do que posso dar...
Não corrompa meu intelecto com coisas que não me alegram e que tão pouco me interessam, fico demasiadamente chata e depressiva.

Não espere que eu não sinta vontade de chorar, de chorar como menina-criança que grita e berra e esperneia, eu gosto de chorar assim, um choro baixinho não esvazia o peito, não elimina as dores...

Não espere por palavras frias e sem uma segunda intenção, eu tenho sangue quente e sou desgraçadamente passional, essa historinha de racionalidade nunca foi meu forte, sou 90% intuitiva e teimosa.

Sou a cara da displicência e da negligência, não me levo muito à sério e sorrio com facilidade.

Tenho medo do escuro e de atravessar rua.
Gosto muito de dançar, especialmente quando sinto a felicidade correndo pelas veias, transbordando por todos os poros da minha pele.

Meu celular não recebe muitas ligações, mas as que recebo me deixam sempre feliz.

Quando estou triste sinto vontade de correr ou de nadar, correr até sublimar toda tristeza ou nadar para esquecê-la nas águas...

Há poucas coisas que eu deteste, mas mentira é uma delas.

Não me incomodaria ser eternamente criança, não ter preocupação e ter a mesma inocência dos 4 anos de idade.

Ponho amor em tudo que faço, caso contrário não me satisfaço...

Mais algum $$ e seria nômade facilmente.

Sempre acho que as nuvens foram sopros de alguém e que o mundo é pequeno e dá muitas voltas é uma verdade incontestável.

Considero a família o bem mais sagrado que alguém pode ter e que os amigos de verdade contam-se nos 5 dedos da mão esquerda.

Canto músicas ANTIGAS que não sei como aprendi.

Me comovo com a pobreza, a miséria e tantos outros males.

O amor é o sentimento mais nobre.
Saudade é ("o passar e repassar das memórias antigas" Machado de Assis,Dom Casmurro) gostosa de sentir.

Não tenho medo de barata.

Gosto de Suco de Pêssego!

Estou devendo um cremosinho...



P.S.: Há quanto tempo não posto?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Impossível negar o incontestável.

Renda-se.
Renda-se.
Renda-se.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

"Perto do selvagem coração da vida.”





Não havia desencanto ainda diante de seus próprios mistérios, ó Deus, Deus, Deus, vinde a mim não para me salvar, a salvação estaria em mim, mas para abafar-me com tua mão pesada, com o castigo, com a morte, porque sou impotente e medrosa em dar o pequeno golpe que transformará todo o meu corpo nesse centro que deseja respirar e que se ergue, que se ergue... o mesmo impulso da maré e da gênese, da gênese!*



***



Sinto-me invadida, como se uma tsunami tivesse devorado-me com total força e reduzido-me a quase nada...
Pois parece-me que a vida, esta sim, só chegou agora e tudo que eu vivi anteriormente não passava de um ensaio o qual eu participei tanto quanto protagonista em minha história, como coadjuvante nas histórias de outrens...

E assim, como se a grande onda tivesse tragado-me dos pés à cabeça eu estou.

Engolida.

Absorvida.

Em transe.

Em câmera lenta, nunca parada.


***



Ah, Deus, e que tudo venha e caia sobre mim, até a
incompreensão de mim mesma em certos momentos brancos porque basta me cumprir e então nada impedirá meu caminho até a morte-sem-medo, de qualquer luta ou descanso me levantarei forte e bela como um cavalo novo.*



P.S*.:Retirado de Perto do Coração Selvagem, Clarice Lispector.
O que não é nenhuma novidade e que acabou...Os trechos são das últimas páginas e sãos os que mais me comovem.

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